Bem-vindo fulerage caro visitante...

Convido-lhe para uma leitura interessante e agradável adiante. Selecione o que deseja ler e se entregue ao prazer de uma boa redação. Desde já quero esclarecer que alguns fatos relatados a seguir são tudo mentira “baseados” (não faço apologia às drogas) em vivências reais. Exceto por algumas vírgulas que acrescentei. Irá deparar também com contos e crônicas de minha autoria. Todos estão devidamente divididos e especificados. Espero que aprecie a leitura e comente ao final se não eu não escrevo mais.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Atrás do espelho

Não que eu seja uma pessoa matuta com poucas vivências urbanas, mas devo confessar-lhes que algumas coisas ainda me deixam confuso. Principalmente aquelas faixas de espelhos dispostas em toda a extensão de alguns recintos. Pode ser que eu não esteja sendo claro, mas logo vocês entenderão.

Um dia estava sentado em um banco no interior de um supermercado qualquer. Atrás de mim havia o tal espelho, e atrás do espelho havia um corredor bastante movimentado para um estacionamento. O espelho tinha mais ou menos um metro de altura e possibilitava às pessoas que passavam uma visão da cintura a cima (dependendo da distância do espelho à pessoa, lógico). Com tais características e a presença do corredor logo após, qualquer pessoa lesada desavisada poderia pensar que se tratava de um vidro transparente, e não um espelho.

Eu, muito bem sentado, aguardava algo que não me lembro nesse momento. Ao longe uma senhora com cerca de 50 anos aproximou-se olhando discretamente para o assento vago ao meu lado. Disfarcei e permaneci como estava. Ficamos em silêncio por um bom tempo, até que ela forçou um diálogo:

- Oi, tudo bom? Esperando alguém?

- Oi. Sim. – respondi prontamente, desejando que a conversa encerrasse ali.

- Quem? – ela perguntou, não achando pouca a intimidade.

- Uma minazinha. – menti mesmo.

- Ah... Eu estou esperando minha filha com o esposo dela, que foi guardar o carro no estacionamento. – Ela insiste.

- Ah... legal.

Encerramos temporariamente o diálogo. Assim ficamos por mais ou menos quinze minutos. Percebi que ela parecia procurar alguém (ou algo), até que ao virar-se para o espelho, levantou prontamente e esboçou um discreto sorriso. Logo ao lado, percebi um casal de mãos dadas que caminhava lentamente em nossa direção. A mulher ao meu lado, agora sorrindo e gesticulando o que seria um aceno, estava de frente ao espelho e de lado em relação ao casal que se aproximava. Logo percebi que o dito casal se tratava da filha da mulher e do genro dela, que agora estavam imediatamente ao lado da mulher, mas um pouco atrás.

Não pude deixar de reparar o quanto a doida mulher gesticulava para o casal. Pela minha pequena noção em linguagem corporal, percebi que ela estava chamando-os para dentro do supermercado. Depois de muitas evocações e chamativas, o ritual foi quebrado pela voz exclamativa da filha:

- A MAMÃE TÁ DOIDA!!!

A mulher pulou assustada (literalmente) e logo se evadiu com a filha. Juro que no momento não ri. Procurei algo que parecesse uma câmera escondida, e permaneci recluso.

3 comentários:

  1. Adorei,
    gostei muito da sua cronica e do seu estilo!!
    Vou te seguir!!

    Uma tal de quixote.

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  2. KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKk...



    >>> Juro que tive msmo uma crise aki... n hvia nenhuma câmera escondida msmo não???????

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